Podcast – Caçadores de Fake News

Sugestão didática

Fake news, pós-verdade e teorias da conspiração

– Tempo aproximado: 2 a 3 aulas

– Área de trabalho em parceria: ciências humanas e sociais aplicadas

Antes da aula, os alunos deverão ouvir o podcast Caçadores de Fake News. Isso pode ser sugerido como lição de casa ou pode ser reservada uma aula para a escuta do podcast.

Para começar a discussão sobre os temas ouvidos no podcast, organize a turma em semicírculo ou em círculo. Prepare cópias de imagens e notícias verdadeiras e de imagens e notícias falsas, que estão disponíveis nos sites de verificação de informações, a seguir. Os textos falsos e verdadeiros devem estar em uma mesma proporção, de acordo com a quantidade de grupos organizada.

Agência Lupa

Agência Pública – Truco

Aos fatos

Boatos

E-Farsas

Fake Check – Detector de Fake News

Fato ou Fake

Projeto Comprova

É importante que esses textos verbais e não verbais (tanto os verdadeiros quanto os falsos) apresentem uma variedade de temas, áreas do conhecimento (que envolvam política, ciência, arte, economia etc.) e localidades. Porém, se julgar oportuno, faça uma seleção de notícias verdadeiras e falsas referentes à sua cidade, estado ou região.

A partir da leitura das notícias e imagens selecionadas, questione a turma se eles classificaram essas notícias como falsas ou como verdadeiras.

Depois das respostas, questione a turma sobre como chegaram a essas conclusões.

Aqui a turma pode tanto ter “acertado” as notícias falsas quanto pode tê-las classificado como verdadeiras. O objetivo é mostrar aos alunos que sem informações adicionais, pesquisa e sem confrontar essas notícias com outras, qualquer pessoa pode tomar como verdadeira uma notícia falsa.

Monte o seu Esquadrão Curioso

Chegou a hora de a turma seguir os passos de Isa e Pudim, e montar seu próprio Esquadrão Curioso! Apresente aos alunos o passo a passo de “Como identificar notícias falsas”, elaborado pela Justiça Eleitoral para as eleições municipais em 2020, que é bastante pertinente a qualquer tempo.

Organize pequenos grupos que ficarão responsáveis por identificar, a partir do passo a passo sugerido, se a notícia falsa que eles têm em mão é falsa ou não. Assim que os grupos tiverem feito suas checagens, ofereça a eles os sites e links das agências de checagem, para que eles possam conferir suas descobertas.

Depois dessa última checagem, crie com a turma uma definição de fake news e de como essas notícias são compostas e divulgadas.

A composição: as notícias falsas muitas vezes não apresentam fontes ou são muito genéricas (“foi dito que”, “eles disseram”, “um instituto/faculdade descobriu”, “uma pesquisa aponta”); porém algumas vezes citam nomes de autoridades ou de especialistas e instituições para ganhar credibilidade; nesses casos, a checagem deve ser ainda mais minuciosa. É possível perceber que, muitas vezes, as notícias falsas têm desvios da norma-culta da língua portuguesa ou apresentam um vocabulário e construções textuais pouco robustos.

A circulação: muitas vezes, os sites de checagem informam se a notícia circulou na web, em aplicativos de mensagens instantâneas ou redes sociais. Essas notícias costumam ser veiculadas em sites que dão a impressão de serem jornalísticos, mas muitas vezes não são conduzidos por profissionais dessa área. Em outros casos, as notícias circulam como memes, mensagens propriamente preparadas para serem compartilhadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens.

Para encerrar as discussões, proponha para a turma algumas questões ou problemas que possam ser respondidos em grupo. Seu objetivo é pesquisar dados de reportagens, textos acadêmicos, entre outros, que ajudem a reconhecer os diferentes perfis de quem cria e consome notícias falsas.

O objetivo não é criar estereótipos como “pessoas mais velhas não leem as notícias”, “jovens só leem as manchetes das reportagens”, “quem usa aplicativos de mensagens compartilha mentiras sem prestar atenção”; mas é buscar informações que permitam ao leitor rever hábitos e modificar a forma de se relacionar com as notícias que recebe.

Cada grupo ficará responsável por compor em um cartaz o perfil de cada um desses grupos; esse cartaz também deve conter as dicas de verificação de notícias falsas observadas durante a atividade – novas dicas podem ser acrescentadas, de acordo com cada perfil definido pelos grupos.

O cartaz tem como objetivo alertar as pessoas sobre os riscos de criar e difundir fake news. Os cartazes podem ser distribuídos pela escola. Para tanto, a turma deve ter clareza sobre a importância dos aspectos visuais da composição desse gênero textual; slogans e composição do texto devem ser observados.

Oriente o grupo para que dê o máximo de atenção às informações prestadas para que ela não contenha traços de preconceitos, discriminações, desrespeito aos direitos humanos e, de forma especial, não contenha informações falsas ou pouco embasadas.

Para acessar as Sugestões Didáticas da leitura do livro Esquadrão Curioso – Caçadores de Fake News, clique aqui.