A epidemia do novo coronavírus impactou o ensino de crianças e adolescentes ao redor do mundo. Em pouco tempo, professores tiveram que deixar as salas de aula e se adaptar a tecnologias que possibilitam o ensino à distância. Muitas escolas têm adotado plataformas para facilitar a interação de professores e alunos, como o Microsoft Teams e o Google Meetings. Existem outros serviços que podem ser utilizados – Skype e Zoom. WhatsApp, Facebook e Instagram também oferecem possibilidades para o envio de arquivos e a realização de videoconferências.
Confira as dicas de Josca Ailine Baroukh, educadora, psicóloga e autora da Panda Books, sobre os melhores caminhos para o ensino nesse momento.
1 – Mantenha a relação das crianças com a escola, principalmente na educação infantil
Os efeitos do distanciamento são diferentes em cada fase da infância e os alunos mais novos podem sofrer impactos maiores. É fundamental manter o vínculo deles com a escola. Foque mais nas relações humanas do que em conteúdo, deixando as crianças sempre em contato com professores e colegas.
2 – Envie materiais estimulantes para os alunos
Procure mandar materiais como músicas, vídeos, filmes e recados amorosos às crianças da educação infantil. Dessa forma, elas conseguirão aprender coisas novas e manter a relação com a escola.
3 – Use a criatividade
Não é possível transpor o conteúdo presencial para o Ensino à Distância (EAD). Os professores do ensino fundamental precisam pensar em maneiras de flexibilizar as matérias e não se prenderem a aulas expositivas e lições. Busque soluções criativas para continuar o trabalho que acontecia na escola.
4 – Não exponha as crianças a telas por longos períodos
De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças de 2 a 4 anos não devem ficar mais de uma hora por dia olhando para telas; a partir dos 5 anos, esse tempo pode se estender ao máximo de duas horas. O contato com as imagens eletrônicas interfere no desenvolvimento psíquico durante os primeiros anos de vida. As crianças precisam de contato físico, pessoal, olho no olho, conversa, toque. Para elas, não há muita diferença entre o faz de conta e o real.
5 – Peça um retorno aos pais e alunos
É importante manter contato com os alunos para saber se os conteúdos e os formatos escolhidos são proveitosos. No ensino médio, converse diretamente com os estudantes. Na educação infantil, porém, os pais são importantes, participando com conversas e gravando as reações dos filhos para os professores.
6 – Cuidado com o tempo das aulas gravadas
Deve haver um equilíbrio entre gravar explicações e ensinar ao vivo em videoconferências. Uma aula gravada deve ter no máximo 30 minutos. Depois disso, o professor pode abrir o chat para conversar sobre o conteúdo com os alunos.
7 – Aulas ao vivo também precisam de cuidados
Nos contatos simultâneos, fique atento a possíveis problemas de conexão dos alunos. Tome cuidado para não se alongar na explicação. Essa preocupação com o tempo deve ocorrer, pois os estudantes se dispersam mais rápido nas atividades online.
8 – Mais possibilidades de conteúdos para os maiores
Uma boa opção para o ensino fundamental é dividir a aula com diferentes atividades. Um exemplo: o professor pode explicar a matéria, passar um texto, sugerir algum estudo e finalizar em um encontro online com toda a turma.
9 – Mantenha os turnos da escola
A duração das aulas online pode ser diferente das presenciais, mas respeite o turno em que as crianças estudam. Se vão para a escola de manhã, os alunos devem interagir com a plataforma nesse período.
10 – Cuide da segurança
Os educadores devem cuidar da própria segurança em chamadas por vídeo. Não se sabe quando pode surgir a suspeita de conduta imprópria por parte dos professores. Para evitar isso, realize conferências com todos os alunos juntos, jamais com uma criança apenas.
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