130 anos da Proclamação da República: os desafios de envolver crianças e jovens no estudo da História do Brasil

Um golpe de estado orquestrado por Marechal Deodoro da Fonseca e um grupo de militares brasileiros em 1889 culminou na instauração da primeira república provisória do Brasil. Em 15 de novembro de 2019, comemoram-se os 130 anos da Proclamação da República, importante marco da história política do país.

Estudar a História do Brasil é muito importante para a formação do cidadão, mas como abordar o assunto de maneira informativa com as crianças, sem deixar o tema chato? O jornalista e escritor Edison Veiga encontrou uma forma. Em parceria com o ilustrador Marceleza, publicou o livro Essa tal Proclamação da República, pela Panda Books, que explica de maneira didática e simples os eventos que deram início à atual era da nossa política.

Em entrevista ao Panda News, Edison falou sobre sua obra e os desafios de adaptar textos históricos numa linguagem mais adequada ao público infanto-juvenil. Confira:

PANDA NEWS: Por que é tão importante celebrar essa data nos dias de hoje?

EDISON VEIGA: Particularmente não gosto da palavra celebração, ao menos não no sentido de momentos históricos. Seu verniz pode nos levar, facilmente, ao comportamento laudatório e sem questionamentos, àquela adoração pueril sem explicação. Acho importante, todavia, relembrarmos momentos fundamentais da nossa história. E não só para podermos aproveitar o feriadão, mas também porque ao refletirmos sobre tais episódios conseguimos compreender melhor em que ponto da própria História nós estamos – e como foi que chegamos até aqui.

 

PANDA NEWS: Quais foram os principais desafios de escrever sobre o tema na linguagem das crianças?

EDISON VEIGA: A proposta de Essa Tal Proclamação da República foi “traduzir” um conteúdo nem sempre fácil para a molecada. Até brinco no início do livro: “proclamação da República parece um palavrão” – as pessoas não sabem nem o que é proclamação, muito menos o que é República. Minhas principais fontes foram consagradas obras de História do Brasil, sobre as quais me detive cuidadosamente, extraindo dali a matéria-prima para um texto que tivesse pegada jovem, fosse leve e descontraído. Também consultei revistas e jornais antigos, publicações que remontavam àqueles dias de 1889.

 

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