Autores contam suas melhores histórias nerds

O Dia do Orgulho Nerd é celebrado em 25 de maio. Há três razões para a escolha da data: o lançamento do primeiro Star Wars (1977); uma homenagem a Douglas Adams, autor de O guia do mochileiro das galáxias, conhecida também como Dia da Toalha; e a série Discworld, do escritor Terry Pretchett. Na obra, o dia celebra a queda da monarquia e a instauração da República na cidade-Estado de Ankh-Morpork. No clima dessa celebração, o Panda News convidou seis autores de livros sobre games para contarem qual foi seu momento nerd mais marcante.

Claudio Prandoni, autor de Pokémon Go de A a Z e League of Legends.
O grande sonho de quem escreve sobre videogame é visitar a E3, uma das maiores feiras de games do mundo. Ela acontece em Los Angeles e só fui ao evento uma vez, em 2018. Antes de a feira começar, algumas desenvolvedoras de jogos fazem eventos próprios. Eu estava em uma delas, quando, inesperadamente, chamaram Shigeru Miyamoto no palco, criador de Super Mario e Legend of Zelda, praticamente o Walt Disney da Nintendo! Super Mario foi um dos jogos que me fizeram gostar tanto dos videogames e seguir isso como profissão, mas eu nunca tinha visto o criador da série de perto. Na hora, as lágrimas vieram aos meus olhos.

Claudio Prandoni, o autor que pôde assistir à uma palestra do criador de Super Mario, um de seus maiores ídolos.

Guilherme Athaide, autor do Almanaque dos games de futebol e Clash Royale.
Em 2010, eu tinha 19 anos e fui ao meu primeiro encontro nerd. Em 25 de maio, participei de um encontro na Avenida Paulista, quando ainda se falava mais em Dia da Toalha. A organização aconteceu pelo Twitter, as pessoas foram com toalhas e nos encontramos em uma banca para ficar conversando sobre assuntos nerds como games e filmes. Ao longo dos anos, essas comemorações cresceram muito mais, o que é libertário, porque antes, as pessoas nerds tinham vergonha de se expor.

Nathan Fernandes, co-autor do Almanaque de Games.
Em 2015, quando existiam poucas lives, comecei a fazer transmissões diárias pela Revista Galileu. Foi um período muito especial pelas experiências que tive, como ir ao Havaí assistir à parte das gravações de King Kong. Levei mais de 24 horas até lá, cheguei e dormi. No dia seguinte, assisti à gravação, dormimos de novo e vim embora. Lá, entrevistei Tom Hiddleston, o Loki de Os vingadores, e Brie Larson, que ainda não era a Capitã Marvel e não tinha ganhado o Oscar. Dois meses depois, ela levou a estatueta de Melhor Atriz com o papel que fez em O quarto de Jack.

Nathan Fernandes em Honolulu, Havaí, durante as gravações de King Kong: A ilha da caveira

Priscila Ganiko, autora de Overwatch.
Eu e mais duas amigas criamos o blog “Minha Tia Joga LoL”, em 2012. O nome foi em homenagem à tia de uma das meninas que estudava com a gente e jogava videogame. Nós escrevíamos sobre o jogo League of Legends (LoL), acabamos chamando atenção com isso, até que a produtora do game nos convidou para fazer parcerias. Por causa disso, fui trabalhar no UOL Jogos e consegui outros empregos até me tornar jornalista especializada em games.

Sérgio Miranda, autor de Minecraft de A a Z.
Fui ao lançamento de Star Wars: Episódio IV – Uma nova esperança, quando tinha 10 anos. Aquela foi a primeira vez em que me deparei com uma fila enorme do lado de fora do cinema. Lá dentro, pude ver uma máquina de fliperama do jogo Space Invaders ajudando a promover o filme. Além de ter muita gente no dia, naquela época, não existia a obrigação de sair da sala, e muitas pessoas assistiam a sessões repetidas – isso me deixou na fila por bastante tempo.

O autor Sérgio Miranda esteve na estreia do primeiro Star Wars, filme que chegou ao Brasil em janeiro de 1978.

Victor Bianchin, co-autor do Almanaque de games.
Em 2008, o escritor Neil Gaiman veio ao Brasil participar da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). Eu era fã da HQ Sandman, então precisava ir à Flip vê-lo! Chamei uma amiga, viajamos de madrugada, chegamos lá bem cedo e, como fomos de última hora, só conseguimos uma pousada decrépita. Não havia lugar na palestra dele, mas assistimos em um telão e fomos para a fila de autógrafos. Foram 3 horas de espera em pleno verão do Rio de Janeiro para conseguir o autógrafo! Tirei uma foto engraçada: estou olhando para a câmera e o Gaiman para o livro, ainda autografando.

Victor Bianchin levou vários livros para Neil Gaiman autografar.

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