Dia da Consciência Negra: conheça vinte histórias de luta da população negra

No aniversário da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e mártir do povo negro brasileiro, comemora-se o dia da Consciência Negra. Mais que uma celebração, o 20 de novembro é uma data para marcar a luta por aceitação e respeito da população negra.

Zumbi já tem seu nome gravado na memória do brasileiro, mas há muitos outros negros e negras que permanecem apagados dos livros de história. Em Rastros de resistência, lançado pela Panda Books, o pesquisador e digital influencer Ale Santos (@savagefiction) reúne fatos e personagens de diferentes períodos do Brasil e de países da África, numa obra indispensável na luta constante contra o racismo e o preconceito.

Histórias de luta e liberdade da população negra apagadas com o passar do tempo são contadas em Rastros de Resistência.

De acordo com Ale Santos, o principal objetivo do livro é contribuir para a construção de um império cultural afro-brasileiro, e ajudar as pessoas a apagarem de suas memórias figuras racistas, substituindo-as por personalidades fortes do movimento negro. “Vivemos um momento extremamente politizado e marcado por extremos, e alguns desses extremos negam processos históricos fundamentais para a construção da nossa sociedade”, afirma o autor.

Conheça três dos vinte heróis e heroínas negros apresentados em Rastros de resistência:

Chico Rei: O rei congolês perdeu sua mulher e filha na embarcação que o trouxe ao Brasil, e foi transformado em escravo. Trabalhou por muito tempo em Vila Rica, cidade que hoje tem o nome de Ouro Preto, em Minas Gerais. Depois de ter uma visão de Santa Ifigênia, filha do rei da Etiópia Égipo, usou de sua astúcia e genialidade para libertar diversos irmãos negros e retomar seu império no Congo.

Zacimba: Princesa de Angola e guerreira, Zacimba foi responsável por formar o primeiro quilombo do Espírito Santo. Depois de revoltar-se e matar o covarde barão que dela abusou em sua chegada ao Brasil, passou a invadir navios negreiros durante a noite com seus companheiros de quilombos para libertar irmãos acorrentados.

Inácio: O paraibano Inácio usou a música e a habilidade na composição de versos para lutar pelo seu povo. Seu talento com o pandeiro chamou a atenção do senhor de engenho onde ele trabalhava como escravo. Ao ganhar notoriedade na região, disputou uma lendária batalha com outro fazendeiro pelo título de melhor cantador do local, que dizem ter durado oito dias.

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