Alice no país das maravilhas foi um verdadeiro marco na literatura infantil do mundo inteiro: substituiu a ideia então vigente de que livros para crianças deveriam ser apenas propagadores de lições morais e criou um novo mundo de fantasia que estimula a imaginação e a criatividade do leitor. Só que, neste caso específico, funcionou tanto que até os adultos – tanto os daquela época como os atuais – ficaram presos nos delírios da trama e envolvidos por suas reflexões. Muitos tentaram interpretar os significados de algumas passagens, mas a verdade é que até hoje os caminhos trilhados pela mente de Lewis Carroll permanecem um grande mistério.
Na história, a curiosa Alice segue o Coelho Branco até um buraco e cai em um mundo fantástico e ilógico. Lá ela conhece personagens excêntricos e cada encontro desafia sua percepção da realidade e a leva a questionar as regras e convenções do mundo. Como em uma mistura de aventuras bizarras e diálogos peculiares, Alice navega por uma série de situações absurdas, explorando o que significa crescer e a essência da lógica e da identidade.
A edição da Panda Books foi traduzida por Maria Cristina Guimarães Cupertino, e conta com prefácio e notas explicativas de Fátima Mesquita e ilustrações de Pedro Nekoi.
Lewis Carroll era o pseudônimo de Charles Lutwidge Dodgson, um inglês nascido em 1832 que, além de escritor, foi também desenhista, fotógrafo, matemático e reverendo anglicano – experiências que, aliás, vão reverberar nas histórias de Alice no País das Maravilhas. Escrevia poesias desde a infância e ainda em 1856, aos 24 anos, passou a assinar seus textos com o pseudônimo de Lewis Carroll. Em 1862 começou a escrever Alice no País das Maravilhas, o mais famoso dentre os dezessete livros que publicou – isso sem contar outras treze publicações matemáticas. Morreu em 1898, aos 65 anos, como professor da Christ Church, uma das faculdades da Universidade de Oxford.