“Projeto de vida” | A coletânea ajuda professores e alunos a construir o Projeto de Vida no Novo Ensino Médio

Projeto de vida oferece reflexões teóricas e sugestões de atividades práticas voltadas à formação e à atuação do docente do Ensino Médio na área de Projeto de Vida, partindo das suas vivências pessoais e sociais e da sua experiência como educador de outros componentes curriculares.

Os autores são especialistas em diferentes áreas – educação básica, ensino universitário e organizações não governamentais –, que partilham suas experiências profissionais e projetos pedagógicos, fornecendo instrumentos para a compreensão do que é criar um projeto de vida.

Organizado por Renata Amendola, o livro aborta o histórico do Projeto de Vida, metodologias como Design Thinking e Pedagogia da Presente, e propostas para ajudar os alunos a descobrirem seus objetivos e propósitos.


Roberta Amendola é mestra em educação pelo Programa de Educação, Psicologia e Linguagem da Universidade de São Paulo (USP). Tem bacharelado e licenciatura em letras também pela USP, pós-graduação em ensino de espanhol para brasileiros pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em aperfeiçoamento para executivos do mercado editorial pela Fundação Instituto de Administração, da USP e pela Câmara Brasileira do Livro. Também tem formação em gestão de organizações do terceiro setor pela Fundação Getúlio Vargas e aperfeiçoamento em orientação educacional pela Confederación de Organizaciones de Psicopedagogía y Orientación, da Espanha. É autora da obra didática GPS: guia de protagonismo no século XXI, aprovada no PNLD 2021, além de produzir conteúdo digital e inteligência pedagógica de personalização com base em Projeto de Vida para o Ensino Médio.

Uma história sobre família, crescimento, amadurecimento e generosidade | “O que acontece quando a gente cresce?”

O que acontece quando a gente cresce?, de Manuel Filho, narra a história de Guilhermina, uma garotinha que vivia entre as linhas e os retalhos que sobravam das costuras de vovó Marlene. As mágicas mãos de sua avó transformavam tecidos em sonhos, e o que a menina mais queria era ter um vestido para o Baile das Flores.

No entanto, ela terá de esperar alguns anos até alcançar a idade certa para participar da festa. Durante esse tempo, tudo muda. A vovó falece, mas deixa um lindo vestido para a neta usar no baile. Para surpresa geral, o vestido não serve em Guilhermina. O que ela irá fazer?

Ilustrado por Vanessa Prezoto, com desenhos ricos em detalhes e texturas, o livroaborda temas como as relações familiares, a morte, o crescimento e o amadurecimento das crianças. Depois de experimentar os sentimentos de raiva e frustração, a personagem irá compreender o significado do  passar do tempo, das mudanças impostas pela vida, e o poder da generosidade e da alteridade.


 

MANUEL FILHO é um escritor que transforma palavras em mundos mágicos para crianças e jovens leitores. Conquistou o Prêmio Jabuti em 2008 com a obra No coração da Amazônia e publicou mais de sessenta livros, incluindo a inédita união das turmas da Mônica e do Menino Maluquinho. Finalista do Prêmio Açorianos de Literatura em 2013, Manuel lançou pela Panda Books A roda da vida, Meu avô português, Tinha que ser comigo?, Vovô não gosta de gelatina e Meu pequeno botão de rosa.

 

VANESSA PREZOTO é ilustradora e designer graduada em desenho industrial/programação visual pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Atuou como designer gráfica e diretora de arte em agências de propaganda, estúdios de design e editora de revistas. Em 2022 foi finalista do Prêmio Jabuti, além de ter outros títulos contemplados com os selos Cátedra Unesco, da PUC-Rio, e Altamente Recomendável, da FNLIJ.

Um lápis e um rabisco especial | Conheça “Im-perfeito”

Era uma vez um rabisco muito tímido, que vivia na ponta de um lápis… Na verdade, ele não queria existir tal como era. Comparava-se com círculos perfeitos e quadrados impecáveis e não aceitava sua imperfeição. Tinha medo de errar e de ser apagado. O lápis que o carregava não conseguia colocá-lo no papel. O tempo passava, o lápis ia sendo apontado, diminuía… E nada de o rabisco sair! Não aceitava se concretizar e existir.

Em Im-perfeito, este conto muito criativo da escritora e ilustradora espanhola Zuriñe Aguirre, o leitor poderá refletir sobre o quanto podemos deixar de fazer coisas e de ser o que somos por medo de errar ou por um ideal de perfeição. Mas será que não somos perfeitos justamente por estarmos sempre mergulhados em imperfeição? E o que é ser perfeito?

Zuriñe Aguirre nasceu na Espanha, em 1976. É ilustradora, pintora e autora de literatura infantil e juvenil. Em sua carreira, publicou 25 livros ilustrados com editoras de diferentes países. Sua obra foi traduzida para Brasil, Chile, Colômbia e Coreia do Sul, entre outros países.


ZURIÑE AGUIRRE nasceu na Espanha, em 1976. É ilustradora, pintora e autora de literatura infantil e juvenil. Atualmente reside em Sevilha. Em sua carreira, publicou 25 livros ilustrados com editoras de diferentes países. Sua obra foi traduzida para Brasil, Chile, Colômbia e Coreia do Sul, entre outros países. Sobre seu trabalho como ilustradora, Zuriñe afirma gostar de utilizar luzes e sombras, bem como cores que transmitem alegria e serenidade. Para conhecer um pouco mais de seu percurso, visite: https://www.zuaguirre.es/

“Darci, você está aí?”: Uma amizade improvável

“Darci, você está aí?” Essa é a pergunta que a personagem faz todo dia antes de entrar em casa. Afinal, um serzinho sapeca resolveu se mudar para lá, causando muito medo na moradora. Dar nome a ele foi o recurso que a moça encontrou para aliviar a tensão dessa relação.

E é a própria Darci quem narra suas aventuras e peripécias, em rimas que brincam com situações bem comuns na vida dos humanos. Em sua biografia ao final do livro (sim, afinal, ela é a autora do texto!), Darci revela ter conhecido muitos exemplares da espécie humana, se surpreendido sobre como eles têm medo de animais tão pequenos quanto ela e se sentido esperançosa de que um dia eles compreendam a importância delas para o planeta.

Será que o momento de Darci ser reconhecida chegou? O final surpreendente dessa história renderá boas risadas aos leitores.

Garanta já o livro!


 

CARMEN LUCIA CAMPOS é uma escritora nascida em São Paulo que tem as histórias como parte do seu cotidiano desde a infância, enquanto ainda ouvia os causos de sua avó. Estudou letras e, além de autora, atuou como editora de livros juvenis, na clássica Coleção Vaga-Lume. Tem mais de trinta livros publicados, entre eles A bisa fala cada coisa, As cores de Corina, Um é pouco?, Meu avô africano e Moleque, todos pela Panda Books.

 

MARCELLO ARAUJO nasceu no Rio de Janeiro em 1961. Começou a desenhar na adolescência e nunca mais parou. É graduado em arquitetura e urbanismo pela UFRJe mestre em comunicação visual pelo Pratt Institute, de Nova York. Além de ilustrador e escritor de livros infantis, tem um estúdio que presta serviços editoriais para editoras do Brasil e do exterior.

Conheça a banda Sweet, do livro “Vida instantânea”

No romance Vida instantânea, escrito por Marcelo Duarte e Penélope Martins, seis adolescentes vencem um reality show e formam a banda Sweet, que vira um fenômeno musical da noite para o dia. Mas a inesperada saída de uma das integrantes vem cercada de grande mistério.

Por que Bárbara desistiu de seu grande sonho na carreira artística? O cancelamento do grupo nas redes sociais muda a vida de todos eles, especialmente de Theo, e atrapalha uma promissora história de amor.

Até descobrir a razão do misterioso desaparecimento de Bárbara, acompanhamos como Theo e seus colegas de banda lidam com o término da fama, enquanto a obra nos convida a pensar sobre assuntos que estão na ordem do dia, como culturas do imediatismo, do cancelamento e do assédio.

E tem mais! Ao longo dos capítulos, você poderá ouvir a trilha sonora, composta e gravada especialmente para o livro. São oito canções criadas pela própria Penélope, com música do produtor e instrumentista Rodrigo Di Giorgio.

Confira a playlist e conheça mais sobre o livro!


Marcelo Duarte é jornalista e escritor. Lançou em 1995 o primeiro O guia dos curiosos, hoje uma coleção com dez volumes. Tem também dez romances juvenis publicados, entre eles Esquadrão Curioso: caçadores de fake news, O mistério da figurinha dourada e Que nem maré. É atualmente um dos curadores do Museu do Futebol, em São Paulo. Trabalhou na rádio (Bandeirantes SP e BandNews FM) e na televisão (Loucos por Futebol, na ESPN-Brasil). Compartilha seus conteúdos nas redes sociais do @guiadoscuriosos, que soma hoje quase 1 milhão de seguidores.

 

Penélope Martins é escritora e narradora de histórias. Advogada pós-graduada em direitos humanos, dedica-se à formação de novos leitores desde 2006, produzindo conteúdo para o desenvolvimento contínuo de educadores e mediadores. Atua em projetos de fomento da palavra escrita e falada. Participou de coletivos de mulheres com poesia autoral e é autora e curadora do projeto Mulheres que Leem Mulheres. Entre seus livros publicados estão Minha vida não é cor-de-rosa e Uma boneca para Menitinha, ambos ganhadores do Prêmio Biblioteca Nacional.

Josca Ailine Baroukh

Josca Ailine Baroukh: A autora que forma crianças e educadores

A autora e educadora Josca Ailine Baroukh é do tipo de pessoa que se diverte com suas atividades profissionais e, consequentemente, trabalha bastante. Em 1984, ela se formou no Instituto de Psicologia da USP. Voltada à psicanálise, terminou o curso e logo abriu um consultório. “Comecei a atender crianças, mas sou filha única e não tive muitas crianças no meu entorno. Então, eu senti a necessidade de estar mais próxima delas”. Partiu para um estágio na Escola de Educação Infantil Alecrim e se apaixonou – já em 1986 fechou o consultório e migrou para o ensino.

Ao longo de 14 anos, Josca trabalhou com diferentes faixas etárias da educação infantil e início do Ensino Médio, o que abriu portas para outros trabalhos. Tornou-se formadora de educadores, realizou projetos no Instituto Tomie Ohtake e foi indicada para colaborar com a Panda em 2010. Por aqui, ela realizou leituras críticas, catálogos e escreveu pequenos textos. Josca também traduziu a coleção “Pequenos filósofos”. Então, veio o convite da Coordenadora de Projetos Especiais da editora, Tatiana Fulas: “Você já faz tantas coisas, por que não escreve um livro também?”. Foi o início da história de “Parlendas para brincar”, feito em parceria com Lucila Silva de Almeida. “Eu gosto de escrever com outra pessoa, para conversar. Assim, o livro fica mais rico”.

Em seu primeiro livro, buscou valorizar a cultura brasileira e fornecer um repertório de parlendas maior para professores e crianças com cerca de 6 anos de idade. “Eu tinha várias, que usava quando dava aulas para o pré. A Lucila vem de uma família do nordeste e do centro-oeste e tinha outras parlendas”. Ficaram empolgadas e também escreveram “Adivinhas para brincar”. Josca ainda participou da formulação do selo Panda Educação, quando veio mais um convite: “Ler antes de saber ler − Oito mitos escolares sobre a leitura literária” é fruto de sua experiência com a formação de professores e da parceria com a autora Ana Carolina Carvalho.

Por volta de 2017 chegou o momento de a Panda ter mais livros para bebês, e Tatiana sabia com quem conversar. “Você vê que a maior parte dos meus livros foram propostos pela Tati, e eu sou muito agradecida por isso. Se ela não me cutucasse, talvez eu não teria escrito”. Com textos que variam entre o estilo literário e o didático, “O penico do bebê” e “Vamos tomar banho” foram as primeiras obras solo de Josca. Ela gostou de escrever e mais livros ainda estão por vir.

Como as crianças brincam em diferentes partes do Brasil

Gabriela Romeu trabalhou na Folha de S. Paulo por 21 anos. Uma de suas atividades no jornal foi escrever para o caderno infantil Folhinha. Ali, em 2009, ela coordenou o projeto “Mapa do Brincar”, vencedor do Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo na categoria Internet. Gabriela pediu que crianças de todo o país falassem sobre suas brincadeiras e recebeu cerca de 10 mil participações por cartas e e-mails. Ainda houve uma segunda edição dois anos depois e, na sequência, a autora criou outro projeto chamado Infâncias, onde buscou registrar a sabedoria das crianças pelo Brasil. “Foi um retrato da infância no início deste século”, explica.

Os trabalhos proporcionaram viagens por 25 dos 26 estados brasileiros – ainda falta Roraima. A jornalista andou de avião, ônibus, carro, barco, canoa e carona para entrar em contato com infâncias das mais diversas realidades. Ela abre um sorriso para falar de cada uma das viagens, mas a região entre Minas Gerais e Bahia, do Vale do São Francisco e do Vale do Jequitinhonha foram diferentes: “Eles têm meninos com pé no chão de terra, que sabem todos passarinhos só de ouvi-los cantar. Essas crianças me ensinaram muito”.

Gabriela Romeu, o "Menininho" e o carrinho de Maneloião
Gabriela, o “Menininho” e o carrinho de Maneloião

Foi quando o livro Menininho, publicado pela Panda Books, começou a surgir entre as ideias da autora. Gabriela lembra de Maneloião, um homem de Matias Cardoso, Minas Gerais. Adulto, lidando com a sobrevivência no dia a dia, relembrou os carrinhos que construía na infância. “Ficamos uma tarde conversando com ele, enquanto fazia um carrinho para mostrar como é.” No livro, o menininho tem um tio que transmite o mesmo conhecimento. O saber do personagem foi inspirado em Maneloião, mas seu jeito de ser não: “O tio é meio doido”, brinca a autora. Gabriela explica que nessas brincadeiras de construir algo, a graça realmente é montar, o resultado logo é deixado de lado. “Precisamos aproximar a infância urbana desses processos”.

Segundo a autora, brincar é uma linguagem de expressão importante: “É ali que a criança coloca para fora o que está dentro dela e relaciona com o mundo externo.” No Cariri cearense, Gabriela viu meninos usando pedras para fazer os papeis de bois, garrotes e bezerros. Os meninos eram fazendeiros e boiadeiros, pessoas que fazem parte de suas rotinas. O cenário foi construído com o que havia no quintal, como terra e feno. “Eles precisavam levar os animais para uma parte específica da fazenda, mas, às vezes, um boi fugia, e eles tinham que ir atrás”, recorda.

O Meninho é filho de muitas dessas crianças. O personagem principal recolhe coisas do quintal para construir seus brinquedos e se divertir. Com uma linguagem poética e acompanhado das ilustrações de Elisa Carareto, o livro faz um paralelo entre a criança e um passarinho, que também precisa buscar no quintal elementos para construir seu ninho.