25 anos em 25 histórias | 1-5

Dia 23 de setembro, a Panda Books comemora 25 anos! E para celebrar nosso aniversário, traremos histórias desse período. Nesses 25 anos, a editora já publicou 690 títulos. Sabe qual foi o número 1? Os Endereços Curiosos de São Paulo, escrito pelo jornalista Marcelo Duarte, um dos fundadores da empresa.

O livro inovou por trazer endereços secretos, curiosos e surpreendentes, que jamais entraram em outros guias da cidade. O sucesso foi tão grande que Endereços Curiosos acabou se transformando numa coleção com outros 14 volumes. Veja como a chegada desse livro da gráfica influenciou diretamente a data de comemoração de nosso aniversário.


Durante seus primeiros anos, o nome da Panda Books ficou associado a livros de esportes. Nosso segundo lançamento foi Os arquivos da Fórmula 1 (1999), do jornalista gaúcho Lemyr Martins. Pouco depois, às vésperas das Olimpíadas de Sydney, de 2000, lançamos Os arquivos das Olimpíadas, de Maurício Cardoso.

Esses livros foram importantes para tornar a Panda Books naquilo que desejávamos ser desde o começo: uma editora voltada para livros de referência em diferentes temas. Fomos responsáveis por criar alguns novos formatos, como a coleção O dia em que me tornei… (2008), Escudos dos times do mundo inteiro (2006), A história das camisas dos 12 maiores times do Brasil (2009) e as Bíblias do futebol (2010).

 

O livro dos segundos socorros é um de nossos maiores orgulhos. Ele foi fruto de uma incrível parceria com o grupo Doutores da Alegria, criado pelo ator Wellington Nogueira em 1991 e formado por palhaços que visitam crianças hospitalizadas, levando carinho, esperança e humor nos hospitais. Ficar doente não é nada engraçado, mas, mesmo nessa condição, crianças não deixam de ser crianças. Todas elas continuam querendo brincar. O livro dos segundos socorros teve o apoio da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, que doou 5 mil exemplares para crianças em hospitais.


Ao entrar numa livraria em São Francisco, nos Estados Unidos, o editor Marcelo Duarte se encantou com um livro chamado It’s okay to be different, do californiano Todd Parr. Comprou um exemplar e deu de presente para a filha de 6 anos. A menina se apaixonou tanto pelo livro que Marcelo pensou: “Esse livro precisa ser publicado também no Brasil”. Escreveu para Todd no e-mail que estava na orelha da obra e a resposta veio bastante rápida. Negócio fechado!

Em 2002, a Panda lançou Tudo bem ser diferente. Nasceu aí uma grande parceria: hoje, 22 anos depois, Todd Parr já tem 21 livros editados no Brasil, todos com absoluto sucesso. Doze anos depois, em 2014, Todd Parr veio visitar o Brasil pela primeira vez. Participou de eventos literários em São Paulo (Bienal do Livro, Colégio Marupiara, Casa de Livros e Céu Caminho do Mar), Brasília (Escola Americana de Brasília) e Pirenópolis-GO (6ª Festa Literária de Pirenópolis), Em Pirenópolis, por sinal, ele foi laureado com a chave da cidade. Seus livros já apareceram em diversas novelas da Rede Globo, como Sete Vidas, escrita por Lícia Manzo.


Por que a cor oficial da Panda Books é laranja? Porque é a cor da capa do primeiro O guia dos curiosos, de Marcelo Duarte, um dos fundadores da editora.

Lançada inicialmente pela Companhia das Letras, em 1995, a coleção O guia dos curiosos começou a migrar para a Panda em 2003. Os livros ganharam um novo projeto gráfico, assinado por Mariana Bernd, e uma nova logomarca. O primeiro O guia dos curiosos inédito editado pela Panda foi o de Língua Portuguesa. Enfim, em 2005, o primogênito laranjinha aterrissou aqui.

Uma nova mudança aconteceu em 2021. O guia dos curiosos: edição fora-de-série, décimo título da coleção, recebeu um novo “banho de loja”: é o primeiro colorido, com mais ilustrações e infográficos, num projeto assinado pelo estúdio Casa Rex.

Uma história sobre família, crescimento, amadurecimento e generosidade | “O que acontece quando a gente cresce?”

O que acontece quando a gente cresce?, de Manuel Filho, narra a história de Guilhermina, uma garotinha que vivia entre as linhas e os retalhos que sobravam das costuras de vovó Marlene. As mágicas mãos de sua avó transformavam tecidos em sonhos, e o que a menina mais queria era ter um vestido para o Baile das Flores.

No entanto, ela terá de esperar alguns anos até alcançar a idade certa para participar da festa. Durante esse tempo, tudo muda. A vovó falece, mas deixa um lindo vestido para a neta usar no baile. Para surpresa geral, o vestido não serve em Guilhermina. O que ela irá fazer?

Ilustrado por Vanessa Prezoto, com desenhos ricos em detalhes e texturas, o livroaborda temas como as relações familiares, a morte, o crescimento e o amadurecimento das crianças. Depois de experimentar os sentimentos de raiva e frustração, a personagem irá compreender o significado do  passar do tempo, das mudanças impostas pela vida, e o poder da generosidade e da alteridade.


 

MANUEL FILHO é um escritor que transforma palavras em mundos mágicos para crianças e jovens leitores. Conquistou o Prêmio Jabuti em 2008 com a obra No coração da Amazônia e publicou mais de sessenta livros, incluindo a inédita união das turmas da Mônica e do Menino Maluquinho. Finalista do Prêmio Açorianos de Literatura em 2013, Manuel lançou pela Panda Books A roda da vida, Meu avô português, Tinha que ser comigo?, Vovô não gosta de gelatina e Meu pequeno botão de rosa.

 

VANESSA PREZOTO é ilustradora e designer graduada em desenho industrial/programação visual pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Atuou como designer gráfica e diretora de arte em agências de propaganda, estúdios de design e editora de revistas. Em 2022 foi finalista do Prêmio Jabuti, além de ter outros títulos contemplados com os selos Cátedra Unesco, da PUC-Rio, e Altamente Recomendável, da FNLIJ.

Um lápis e um rabisco especial | Conheça “Im-perfeito”

Era uma vez um rabisco muito tímido, que vivia na ponta de um lápis… Na verdade, ele não queria existir tal como era. Comparava-se com círculos perfeitos e quadrados impecáveis e não aceitava sua imperfeição. Tinha medo de errar e de ser apagado. O lápis que o carregava não conseguia colocá-lo no papel. O tempo passava, o lápis ia sendo apontado, diminuía… E nada de o rabisco sair! Não aceitava se concretizar e existir.

Em Im-perfeito, este conto muito criativo da escritora e ilustradora espanhola Zuriñe Aguirre, o leitor poderá refletir sobre o quanto podemos deixar de fazer coisas e de ser o que somos por medo de errar ou por um ideal de perfeição. Mas será que não somos perfeitos justamente por estarmos sempre mergulhados em imperfeição? E o que é ser perfeito?

Zuriñe Aguirre nasceu na Espanha, em 1976. É ilustradora, pintora e autora de literatura infantil e juvenil. Em sua carreira, publicou 25 livros ilustrados com editoras de diferentes países. Sua obra foi traduzida para Brasil, Chile, Colômbia e Coreia do Sul, entre outros países.


ZURIÑE AGUIRRE nasceu na Espanha, em 1976. É ilustradora, pintora e autora de literatura infantil e juvenil. Atualmente reside em Sevilha. Em sua carreira, publicou 25 livros ilustrados com editoras de diferentes países. Sua obra foi traduzida para Brasil, Chile, Colômbia e Coreia do Sul, entre outros países. Sobre seu trabalho como ilustradora, Zuriñe afirma gostar de utilizar luzes e sombras, bem como cores que transmitem alegria e serenidade. Para conhecer um pouco mais de seu percurso, visite: https://www.zuaguirre.es/

“Darci, você está aí?”: Uma amizade improvável

“Darci, você está aí?” Essa é a pergunta que a personagem faz todo dia antes de entrar em casa. Afinal, um serzinho sapeca resolveu se mudar para lá, causando muito medo na moradora. Dar nome a ele foi o recurso que a moça encontrou para aliviar a tensão dessa relação.

E é a própria Darci quem narra suas aventuras e peripécias, em rimas que brincam com situações bem comuns na vida dos humanos. Em sua biografia ao final do livro (sim, afinal, ela é a autora do texto!), Darci revela ter conhecido muitos exemplares da espécie humana, se surpreendido sobre como eles têm medo de animais tão pequenos quanto ela e se sentido esperançosa de que um dia eles compreendam a importância delas para o planeta.

Será que o momento de Darci ser reconhecida chegou? O final surpreendente dessa história renderá boas risadas aos leitores.

Garanta já o livro!


 

CARMEN LUCIA CAMPOS é uma escritora nascida em São Paulo que tem as histórias como parte do seu cotidiano desde a infância, enquanto ainda ouvia os causos de sua avó. Estudou letras e, além de autora, atuou como editora de livros juvenis, na clássica Coleção Vaga-Lume. Tem mais de trinta livros publicados, entre eles A bisa fala cada coisa, As cores de Corina, Um é pouco?, Meu avô africano e Moleque, todos pela Panda Books.

 

MARCELLO ARAUJO nasceu no Rio de Janeiro em 1961. Começou a desenhar na adolescência e nunca mais parou. É graduado em arquitetura e urbanismo pela UFRJe mestre em comunicação visual pelo Pratt Institute, de Nova York. Além de ilustrador e escritor de livros infantis, tem um estúdio que presta serviços editoriais para editoras do Brasil e do exterior.

Josca Ailine Baroukh

Josca Ailine Baroukh: A autora que forma crianças e educadores

A autora e educadora Josca Ailine Baroukh é do tipo de pessoa que se diverte com suas atividades profissionais e, consequentemente, trabalha bastante. Em 1984, ela se formou no Instituto de Psicologia da USP. Voltada à psicanálise, terminou o curso e logo abriu um consultório. “Comecei a atender crianças, mas sou filha única e não tive muitas crianças no meu entorno. Então, eu senti a necessidade de estar mais próxima delas”. Partiu para um estágio na Escola de Educação Infantil Alecrim e se apaixonou – já em 1986 fechou o consultório e migrou para o ensino.

Ao longo de 14 anos, Josca trabalhou com diferentes faixas etárias da educação infantil e início do Ensino Médio, o que abriu portas para outros trabalhos. Tornou-se formadora de educadores, realizou projetos no Instituto Tomie Ohtake e foi indicada para colaborar com a Panda em 2010. Por aqui, ela realizou leituras críticas, catálogos e escreveu pequenos textos. Josca também traduziu a coleção “Pequenos filósofos”. Então, veio o convite da Coordenadora de Projetos Especiais da editora, Tatiana Fulas: “Você já faz tantas coisas, por que não escreve um livro também?”. Foi o início da história de “Parlendas para brincar”, feito em parceria com Lucila Silva de Almeida. “Eu gosto de escrever com outra pessoa, para conversar. Assim, o livro fica mais rico”.

Em seu primeiro livro, buscou valorizar a cultura brasileira e fornecer um repertório de parlendas maior para professores e crianças com cerca de 6 anos de idade. “Eu tinha várias, que usava quando dava aulas para o pré. A Lucila vem de uma família do nordeste e do centro-oeste e tinha outras parlendas”. Ficaram empolgadas e também escreveram “Adivinhas para brincar”. Josca ainda participou da formulação do selo Panda Educação, quando veio mais um convite: “Ler antes de saber ler − Oito mitos escolares sobre a leitura literária” é fruto de sua experiência com a formação de professores e da parceria com a autora Ana Carolina Carvalho.

Por volta de 2017 chegou o momento de a Panda ter mais livros para bebês, e Tatiana sabia com quem conversar. “Você vê que a maior parte dos meus livros foram propostos pela Tati, e eu sou muito agradecida por isso. Se ela não me cutucasse, talvez eu não teria escrito”. Com textos que variam entre o estilo literário e o didático, “O penico do bebê” e “Vamos tomar banho” foram as primeiras obras solo de Josca. Ela gostou de escrever e mais livros ainda estão por vir.

Podcast Esquadrão Curioso

Esquadrão Curioso ensina como identificar e combater notícias falsas em novo podcast

O livro Esquadrão Curioso – Caçadores de fake news, do jornalista e escritor Marcelo Duarte, lançado em 2018, acaba de ganhar uma versão no formato podcast. “Caçadores de Fake News” chegará às principais plataformas de streaming (Spotify, Deezer, Google Podcast e Apple Podcast, entre outros) na primeira quinta-feira de fevereiro, dia 4. Misturando ficção com realidade, os quatro personagens da trama – Isa, Pudim, Leo e Débora – entrevistam 11 jornalistas, educadores e formadores de opinião de Brasil, Estados Unidos e outros países, para entender o que são as fake news, como elas surgem e como se espalham tão depressa, os perigos que causam e como combatê-las.

A série teve apoio da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, por meio de seu Edital Anual de Projetos, que financia programas que fortaleçam as relações entre Brasil e Estados Unidos, destaquem valores compartilhados entre os dois países e promovam a cooperação bilateral. “Informações falsas podem até tirar vidas, então é crucial fomentar o pensamento crítico em jovens desde cedo, de modo a ajudar a formar cidadãos engajados e conscientes.  Os Estados Unidos já têm bastante experiência nessa área e achamos que é importante dividir essa experiência com os brasileiros”, afirmou o cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Adam Shub.

São cinco episódios de 20 minutos com muito entretenimento e informação, que poderão ser trabalhados nas escolas, com alunos do Ensino Fundamental e Médio. “Não quisemos limitar a faixa etária, pois nunca sabemos quando a criança passará por uma situação assim. Elas precisam estar preparadas”, afirma Marcelo. Os educadores poderão encontrar sugestões pedagógicas, o perfil dos entrevistados, links importantes e até mesmo um glossário no site www.cacadoresdefakenews.com.br, criado especialmente como suporte do podcast.

Na trama, os personagens recebem o desafio de criar um podcast sobre fake news para um trabalho escolar. Com o objetivo de coletar informações relevantes e verdadeiras para o programa, eles conversam com diversos jornalistas especialistas no assunto de todas as formas – pelo telefone, trocando mensagens de WhatsApp, entrando em plataformas de reunião e mesmo presencialmente. “É urgente e necessário falar de educação midiática e, agora, mais do que nunca, precisamos que nossos jovens aprendam a importância de uma notícia bem apurada. Estamos vivendo um momento crítico, as pessoas precisam confiar e acreditar na imprensa profissional”, diz Marcelo.

Os episódios têm muito humor. Os personagens foram muito bem recebidos pelos entrevistados, que entraram no clima da aventura e colaboraram com sua didática e muito conhecimento. As vozes dos personagens foram criadas por atores profissionais de muito destaque em musicais, programas de TV e dublagem no cinema. Fazem parte do elenco Mariana Elisabetsky (“Mudança de Hábito”, “O Mágico de Oz” e “Grease”), interpretando Isa; Arthur Berges (“Um Violonista no Telhado”, “Rent” e “Chaplin – O musical”), que dá voz ao Pudim; Luciana Ramanzini (“Natureza Morta” e “Bento Batuca”), no papel de Débora; e Hugo Picchi (“Cocoricó” e “Irmão do Jorel”), que faz Leo e do narrador.

Todd Parr de A a Z

A Panda Books está preparando uma grande novidade para o final do ano: O livro da gentileza, de Todd Parr, estará disponível em livrarias físicas e virtuais a partir de dezembro. Para celebrar o lançamento do 20º livro de Todd no Brasil, o Panda News preparou um A a Z sobre o autor com detalhes curiosos de sua vida.

A – Arte

Todd Parr é artista desde criança. Aos 7 anos, ele ganhou um concurso de quadrinhos de um jornal americano. Já adulto, desenhava e pintava como hobbie. Até que passou a vender roupas estampadas com seus trabalhos. De repente, Todd estava criando coleções especiais para lojas importantes, como a Macy’s, e expondo seus quadros. Lançou uma linha de produtos infantis. O trabalho impressionou um editor de Nova York, que sugeriu que ele escrevesse livros para crianças.

B – Berkeley

A cidade de Berkeley foi fundada na Califórnia no século XIX para abrigar uma universidade com o mesmo nome. Além do ambiente universitário, ela ficou famosa ao longo do tempo por se posicionar a favor de causas como a proteção de imigrantes e de americanos que se recusaram participar da Guerra do Vietnã. É nesta cidade que Todd Parr vive atualmente.

C – “Com amor, Todd”

O autor tem uma forma especial de lidar com as crianças, que o permite falar sobre temas delicados com leveza. Um exemplo dessa característica está nos finais de seus livros. Todos terminam com uma mensagem carinhosa, direcionada aos pequenos leitores, seguida por: “Com amor, Todd”.

D – Dezoito anos no Brasil

O primeiro livro de Todd Parr lançado no Brasil foi Tudo bem ser diferente, em 2002, pela Panda Books. Ele logo conquistou crianças, pais e professores. O Panda News mostrou recentemente um caso do carinho que os livros de Todd recebem: a entrevista com a pediatra Fernanda Ribeiro, que indica leituras aos pacientes e defende a importância desse ato desde o desenvolvimento da fala. Ela começou a divulgar literatura para crianças pela internet justamente com Tudo bem ser diferente.

E – Escolas

É comum professores de educação básica trabalharem Todd Parr com as crianças. E Todd gosta de visitar os alunos nos Estados Unidos e em suas viagens, como fez no Brasil. O autor fez visitas a duas escolas em Brasília e em São Paulo, além de ter dado uma palestra no CEU Caminho do Mar, zona sul paulistana.

F – Flipiri

A Festa Literária de Pirenópolis (Flipiri), no interior de Goiás, foi o primeiro compromisso da visita que Todd Parr fez ao Brasil em maio de 2014. No evento, o autor realizou debates, promoveu uma oficina de ilustração e foi homenageado pelo prefeito com a chave da cidade – presente simbólico dado a pessoas que realizam feitos especiais aos cidadãos.

G – Guias de atividades

Em seu site oficial, o autor compartilha atividades para as crianças. A página é em inglês. Há desenhos para colorir – incluindo ilustrações de seus livros – e bonecos chamados paper dolls, feitos para imprimir, recortar e montar. Também há um guia de como criar o seu próprio livro.

H – Humor

Uma criança com cueca na cabeça é uma ilustração comum nos livros de Todd Parr. Com delicadeza e diversão, ele fala sobre assuntos como adoção, perda de alguém especial e ter dois pais ou duas mães.

I – It’s Okay to Be Different

Esse é o título original de Tudo bem ser diferente, o primeiro livro escrito por Todd Parr, publicado em 2001. A obra é um sucesso até hoje, e a tradução para o português está entre as mais vendidos da Panda Books. Em sua estreia, o autor escreveu sobre diferenças culturais, sociais, físicas e étnicas.

J – Julian

Todd Parr criou um desenho para televisão. O ToddWorld (Mundo de Todd) estreou em 2004 nos Estados Unidos e ficou no ar até 2008. Ele retratou personagens e cenários da mesma maneira dos livros. Entre os que fizeram parte da turma está Julian, um garoto que anda de cadeira de rodas e é artista. Sua primeira aparição foi no episódio “It’s Okay to Have Wheels” (Tudo Bem ter Rodas). No Brasil, ToddWorld foi transmitido pelo canal “Discovery Kids”. Em 2007, o desenho foi ao ar em Portugal pela emissora “Canal Panda”.

K – Keith Haring

O desenhista norte-americano Keith Haring (1958-1990) gostava de usar cores vivas e linhas pretas nas suas obras. Essa característica do artista é uma das principais influências de Todd Parr, que desenha em um tablet gráfico ligado a um computador.

L – Livros fáceis de ler

Durante a infância, Todd gostava de livros fáceis, especialmente os ilustrados. O autor considera importante que os adultos façam perguntas para as crianças quando estão lendo com elas – como de quais elementos elas mais gostam nas páginas e as cores que chamam mais atenção.

M – Mensagens para caridade

Todd gosta de ajudar instituições de caridade. Para contar com a parceria dos fãs, ele entrou para o site Cameo. Nele, é possível pagar por uma assinatura e receber mensagens e vídeos que o autor faz com exclusividade para os assinantes. Todo o dinheiro que ele ganha dessa forma é doado às suas instituições preferidas.

N – Nove de julho

Todd Parr nasceu em 9 de julho de 1962, em uma cidade chamada Rock Springs, no estado norte-americano de Wyoming. Ele mora na Califórnia desde 1995.

O – Otto

Uma das estrelas dos livros é o cachorro Otto. Todd adora bichos, especialmente os cães. Em sua visita ao Brasil, contribuiu com a União Protetora dos Animais de Pirenópolis (Upapiri) e adotou um cachorro que tinha sido atropelado – o autor cedeu suas obras para a criação de um calendário que foi vendido pela associação. Os lucros foram usados para sustentar o bicho, até ele encontrar um lar. Nos Estados Unidos, também há instituições para o cuidado de animais que recebem ajuda de Todd Parr. Atualmente, ele vive com três pit bulls bem dóceis resgatados na cidade onde mora – os cachorros se chamam Pete, Tater Tot e Jer-Jer. Otto só nos livros.

P – Pimentas

Todd adora cozinhar, e as pimentas estão entre seus temperos favoritos. Quando veio ao Brasil, em 2014, ele recebeu de presente da equipe da Panda Books um kit de pimentas tradicionais brasileiras, além de uma camisa da Seleção Brasileira com o número 10 e seu nome nas costas.

Q – Queijo

Todd adora queijo, ainda mais para comer com macarrão. Ele gosta tanto que compartilha duas receitas com o ingrediente em seu site. A paixão por massa aparece de uma forma divertida no primeiro livro: “Tudo bem comer macarrão com almôndegas na banheira”. Esse foi o menu de um almoço com jornalistas quando o autor esteve no Brasil – mas fora da banheira!

R – Reconhecimento

Todd Parr já recebeu seis prêmios como reconhecimento pelo seu trabalho. O destaque fica com O livro do planeta Terra, premiado duas vezes nos Estados Unidos. Ele também fez parte da famosa lista de mais vendidos do jornal The New York Times.

S – Sentimentos

Sentir-se com raiva, medo, angústia ou euforia é comum desde a infância. Mas para as crianças, dar nomes e entender esses sentimentos pode ser complicado. Em O livro dos sentimentos, de 2011, Todd Parr aborda diferentes emoções e explica cada uma delas aos pequenos leitores com textos e ilustrações simples e cativantes.

T – Tudo bem cometer erros

As crianças podem ficar constrangidas ao fazer algo errado. No livro Tudo bem cometer erros, Todd Parr mostra que não se deve ficar triste por esse motivo. Os erros podem ser uma fonte de aprendizado. O próprio autor passou por isso no início da carreira literária. Nos quadros, ele não usava pontuação quando escrevia frases, e seguiu com o formato nos primeiros livros infantis. Então, Todd percebeu que estava dando um mau exemplo. Atualmente, ele toma cuidado para que todas as suas obras tenham a pontuação correta.

U – United

Antes de ser autor de livros infantis, Todd Parr trabalhou como comissário de voo na companhia aérea United. O emprego foi a maneira que ele conseguiu para sair da pequena cidade onde morava. Passou 15 anos trabalhando para a empresa, e foi durante os horários livres das viagens que ele pôde desenvolver sua arte.

V – Vietnã

O Vietnã é um pequeno país asiático, que ao norte faz fronteira com a China. Ele possui uma rica cultura e belas paisagens naturais. O idioma oficial por lá é o vietnamita, que conta com traduções de livros de Todd Parr, feitas por uma editora chamada Crabit Kidbooks. O autor já foi traduzido para outras 14 línguas em quatro continentes diferentes.

W – Wyoming

O estado natal de Todd é o décimo maior dos Estados Unidos, mas tem uma população pequena por causa do clima árido, das grandes regiões montanhosas e da localização distante do litoral. As principais atividades econômicas do Wyoming são o turismo e a agropecuária.

X – Xangai

Todd Par já visitou a terra dos pandas: a China. Ele viajou para Xangai quando livros seus foram traduzidos para o idioma local. Lá, visitou crianças e tirou fotos dos ursos que são símbolo do país e o nome de sua editora no Brasil.

Y – Yellowstone

O estado onde o autor nasceu é o destino de muitos turistas, principalmente por causa do Parque Nacional de Yellowstone. Fundado em 1872, ele foi um dos primeiros do mundo a receber dinheiro público para proteger os animais e a vegetação local. Nele, os visitantes podem ver de perto animais como lobos, alces e ursos, além de 300 gêiseres, que dão um show natural de água quente lançada ao alto. Também é possível fazer trilhas, praticar canoagem, mountain bike e pesca esportiva.

Z – Zoo de Todd

Um dos livros de Todd a retratar animais é Zoo Do’s and Don’ts, com dicas divertidas sobre o que pode ser feito em um zoológico – e o que não pode de jeito nenhum. O autor sempre desenha animais de um jeito próprio – eles são coloridos, sorriem, ficam tristes e também possuem os traços simples que fazem sucesso entre as crianças.

Como as crianças brincam em diferentes partes do Brasil

Gabriela Romeu trabalhou na Folha de S. Paulo por 21 anos. Uma de suas atividades no jornal foi escrever para o caderno infantil Folhinha. Ali, em 2009, ela coordenou o projeto “Mapa do Brincar”, vencedor do Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo na categoria Internet. Gabriela pediu que crianças de todo o país falassem sobre suas brincadeiras e recebeu cerca de 10 mil participações por cartas e e-mails. Ainda houve uma segunda edição dois anos depois e, na sequência, a autora criou outro projeto chamado Infâncias, onde buscou registrar a sabedoria das crianças pelo Brasil. “Foi um retrato da infância no início deste século”, explica.

Os trabalhos proporcionaram viagens por 25 dos 26 estados brasileiros – ainda falta Roraima. A jornalista andou de avião, ônibus, carro, barco, canoa e carona para entrar em contato com infâncias das mais diversas realidades. Ela abre um sorriso para falar de cada uma das viagens, mas a região entre Minas Gerais e Bahia, do Vale do São Francisco e do Vale do Jequitinhonha foram diferentes: “Eles têm meninos com pé no chão de terra, que sabem todos passarinhos só de ouvi-los cantar. Essas crianças me ensinaram muito”.

Gabriela Romeu, o "Menininho" e o carrinho de Maneloião
Gabriela, o “Menininho” e o carrinho de Maneloião

Foi quando o livro Menininho, publicado pela Panda Books, começou a surgir entre as ideias da autora. Gabriela lembra de Maneloião, um homem de Matias Cardoso, Minas Gerais. Adulto, lidando com a sobrevivência no dia a dia, relembrou os carrinhos que construía na infância. “Ficamos uma tarde conversando com ele, enquanto fazia um carrinho para mostrar como é.” No livro, o menininho tem um tio que transmite o mesmo conhecimento. O saber do personagem foi inspirado em Maneloião, mas seu jeito de ser não: “O tio é meio doido”, brinca a autora. Gabriela explica que nessas brincadeiras de construir algo, a graça realmente é montar, o resultado logo é deixado de lado. “Precisamos aproximar a infância urbana desses processos”.

Segundo a autora, brincar é uma linguagem de expressão importante: “É ali que a criança coloca para fora o que está dentro dela e relaciona com o mundo externo.” No Cariri cearense, Gabriela viu meninos usando pedras para fazer os papeis de bois, garrotes e bezerros. Os meninos eram fazendeiros e boiadeiros, pessoas que fazem parte de suas rotinas. O cenário foi construído com o que havia no quintal, como terra e feno. “Eles precisavam levar os animais para uma parte específica da fazenda, mas, às vezes, um boi fugia, e eles tinham que ir atrás”, recorda.

O Meninho é filho de muitas dessas crianças. O personagem principal recolhe coisas do quintal para construir seus brinquedos e se divertir. Com uma linguagem poética e acompanhado das ilustrações de Elisa Carareto, o livro faz um paralelo entre a criança e um passarinho, que também precisa buscar no quintal elementos para construir seu ninho.

Leitura sem fronteira: os livros da Panda Books publicados no exterior

Em setembro deste ano, a coleção Corpo Humano, da Panda Books, fez sua estreia na terra dos pandas. A incrível fábrica de cocô, xixi e pum, Em busca da meleca perdida, Pronto para o socorro e Viagem por dentro do cérebro (os três primeiros de Fátima Mesquita e o último do psiquiatra Daniel Martins de Barros) foram traduzidos para o chinês e publicados na China pela Publishing House of Eletronics Industry. Os pandas brasileiros vibraram com a notícia: agora, já são 51 edições internacionais de obras originais da Panda Books.

Fátima Mesquita
A autora Fátima Mesquita e seus livros traduzidos para o alemão e o chinês.

Pronto para o socorro, que ensina as crianças a lidarem com pequenos acidentes do dia a dia, já tinha sua versão em alemão. “É um delírio pensar que tem gente de países tão distantes e diferentes lendo o que uma mineira de Belo Horizonte escreve”, comemora a autora. “Me belisca que eu não estou acreditando!”. Sem deixar de lado a modéstia, Fátima admite que alguns pontos importantes fazem seus livros impressionarem olhares estrangeiros: a linguagem descompromissada, o caráter de literatura de referência e as ilustrações super originais – todas assinadas por Fábio Sgroi.

Ilustrador e pesquisador, Sgroi faz pensar em um detalhe interessante: desenho não precisa de tradução.  “A grande pergunta que surge na minha cabeça é: como será que a outra cultura vai entender as piadas que eu fiz aqui?”. Afinal, uma imagem não transmite informação sem contextualização. Enquanto os textos são vertidos para um novo conjunto de códigos e símbolos, quando se traduz uma obra ilustrada os desenhos são simplesmente reproduzidos, com exceção de pequenas adaptações gráficas feitas pelos próprios editores.

Há exceções, como o que aconteceu com a edição alemã de Pronto para o socorro. O livro foi adaptado para que o personagem principal fizesse referência a um médico famoso por lá, então Sgroi foi convocado a fazer algumas adaptações para que a figura se parecesse fisicamente com o tal doutor. “Para mim, isso é o de menos: o mais intrigante é pensar em como uma criança estrangeira vai interpretar o pé de jaca que ilustra a história”.

Outro best-seller da Panda, O que podemos aprender com os gansos atravessou as fronteiras da América Latina e chegou a Portugal. Por meio de parábolas, fábulas e outras histórias, a obra de autoajuda revela que o segredo da qualidade de vida e do sucesso profissional muitas vezes está nos detalhes mais simples do dia a dia. O autor, Alexandre Rangel, admira: “A gente vê que problemas do nosso cantinho brasileiro afetam pessoas em qualquer outro lugar do mundo.” Ele foi convidado para participar do lançamento em Lisboa, num evento voltado para o marketing em varejo, e contribuiu com uma palestra sobre liderança e motivação de equipes.

Completam o time de obras internacionais da Panda Books O homem irresistível, A mulher irresistível, O doce veneno do escorpião, O que aprendi com Bruna Surfistinha, Fábulas de Esopo para executivos, Como atirar vacas no precipício, Tudo o que sei sobre negócios aprendi com a pescaria, a coleção “Os endereços curiosos”, a coleção “Princesas do mar”, O livro dos grandes direitos das crianças, Neymar Jr. de A a Z, O menino, o jabuti e o menino, Flop, Como fazíamos sem e O livreiro do Alemão. Este último é especial: a edição francesa da autobiografia de Otávio Júnior, criador de um revolucionário projeto de incentivo à leitura no Morro do Alemão, foi finalista do Prêmio Jabuti 2018.

As mais belas histórias do Evangelho: papa Francisco lança livro para crianças

“Um homem que fala de frente tanto com líderes políticos quanto com crianças”. Assim Frei Alvaci Mendes da Luz, padre franciscano e mestrando em história pela PUC-SP, define o papa Francisco, que completará sete anos à frente da Igreja Católica no dia 13 de março. Durante esse período, o pontífice chamou atenção pela forma como aborda assuntos considerados polêmicos, e escreveu livros mostrando sua visão de mundo. Agora, ele lança uma nova obra escrita especialmente para crianças: As mais belas histórias do Evangelho, pela Panda Books.

O livro é movido por um questionamento – “que tipo de mundo deixaremos àqueles que virão depois de nós, às crianças que estão crescendo?” – e reúne as passagens dos evangelhos que mais marcaram a vida do papa, usadas por ele em orações e pregações até hoje. Ao todo, foram selecionados 16 textos dos quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João). Francisco ainda acrescentou comentários dele feitos em discursos, audiências, pregações, preces e até mesmo postagens no Twitter.

Frei Alvaci explica que as discussões levantadas pelo papa não são novas. “Padres casados e ordenação de mulheres são debatidos há séculos”, diz. A diferença está no fato de o pontífice priorizar questões que não recebiam a mesma atenção antes. Como exemplos, o frade cita a atenção dada aos pobres, o menor uso de liturgia nas pregações e a busca pela atenção do público infantil. “Igrejas e religiões são difíceis, os textos, os ritos, as missas são chatos para as crianças, não são acessíveis”, explica o religioso. Ele também fala sobre o papa Francisco ter realizado missas para os pequenos enquanto vivia na Argentina, onde adaptou pregações ao público infantil. Sobre As mais belas histórias do evangelho, o frade afirma que se aproximar das crianças é uma preocupação que Bergoglio já tinha antes de se tornar papa.